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A Doença de Parkinson

  • acunutri
  • 7 de ago. de 2016
  • 4 min de leitura

O que é a Doença de Parkinson?


A Doença de Parkinson (DP) foi descrita pela primeira vez em 1817 pelo médico inglês James Parkinson, com o nome de “paralisia agitante”. É uma doença neurodegenerativa, idiopática. A degeneração é caracterizada pela perda progressiva de neurônios da parte compacta da substância negra, situada no mesencéfalo e diminuição da produção de dopamina, que é um neurotransmissor essencial no controle dos movimentos. A deficiência dopaminérgica leva a alterações funcionais provocando o aparecimento dos principais sinais e sintomas da doença.

É a segunda enfermidade neurodegenerativa mais frequente, depois do Alzheimer e acomete mais homens que mulheres, principalmente, na faixa etária entre 55 a 65 anos. Incide em cerca de 1% da população mundial com mais de 65 anos com uma prevalência de 100 a 200 casos por 100.000 habitantes. Tem como causas: fatores genéticos, neurotoxinas ambientais, estresse oxidativo, anormalidades mitocondriais, excitotoxicidade.

A doença de Parkinson caracteriza-se por: tremores, enrijecimento dos músculos (a face perde movimentos expressivos e com o enrijecimento há progressivamente perda da caligrafia) , lentidão, pobreza de movimentos, alterações posturais, rinorreia (escoamento abundante de fluido pelo nariz) - cinco vezes mais comum em pacientes com DP , afeta mais de 50% dos pacientes e é igualmente prevalente em mulheres que nos homens, sintomas gastrointestinais como: salivação excessiva (78% dos pacientes com doença de Parkinson experimentam este sintoma), o problema inicial surge da combinação de uma inadequada deglutição de saliva, dificuldade em manter a boca fechada; disfagia (dificuldade de deglutição); refluxo gastroesofágico; gastroparesia; constipação.

O diagnóstico é realizado pelo médico neurologista após avaliação dos sintomas pelo paciente, medicamentos utilizados, tremor em repouso, bradicinesia (lentidão de movimento), rigidez, e exames como: eletroencefalograma, tomografia computadorizada, ressonância magnética e análise do líquido espinhal. O diagnóstico só passa a ser confirmado se houver a presença de três dos sintomas da DP e se for concluído que não há outra doença afetando o indivíduo. O tratamento é realizado com um conjunto de procedimentos: cirúrgico, medicamentoso, fisioterapêutico, fonaudiológico, terapia ocupacional, acupuntura, acompanhamento psicológico e psiquiátrico, nutricional.


Qual a visão da medicina chinesa para esta doença?


Para medicina tradicional chinesa, a doença é uma síndrome cujo diagnóstico considera características que vão de acordo com o arranjo sintomático do paciente, se enquadra em três tipos básicos de padrões que são tratados diferentemente com acupuntura corpórea ou escalpiana (cabeça) e ervas chinesas. O paciente pode desenvolver os sintomas ao longo do tempo devido à alimentação, estresse emocional, excesso de trabalho físico ou mental e atividade sexual, em uns gerando excessos outros padrões de deficiência energética.

Através da acupuntura e ervas chinesas é possível apresentar grande progresso, entretanto não é possível alcançar completa recuperação. Alguns padrões tem melhores resultados do que outros e quanto antes iniciar o tratamento melhor será o resultado. Os tratamentos de um modo geral podem ser integrados com a medicina ocidental. O paciente que começa apresentar os sintomas de Parkinson deve mudar hábitos para que previnam a progressão como: descanso, mudanças de estilo de vida no tocante ao excesso de trabalho e atividade sexual e mental excessiva.


Qual a influencia do Parkinson na nutrição do portador?

Nutricionalmente observa-se que a perda de peso acontece com uma incidência de 52-65%, o paciente passa por inúmeros distúrbios gastrointestinais e a falta de apetite é marcante pois ocorre redução da sensibilidade do paladar e olfato (efeito colateral da levodopa). Disfagia (dificuldade de deglutir), com fuga de saliva, presença de resíduos alimentares na boca, reflexo de deglutição lento, aspiração de líquidos e sólidos tornam necessária a adequação de consistência da dieta. Observar se a ingestão hídrica está adequada é de fundamental importância pois a água, com recomendação :1,5-2 litros de líquido/dia - 30 a 35 ml / kg de peso, é o principal solvente do organismo, possibilitando a ocorrência das reações químicas; realizando transporte dos nutrientes, atuando como lubrificante nos processos de mastigação, deglutição, excreção e nas articulações, entre outros. As fibras devem fazer parte da dieta para manter o bom funcionamento do intestino, prevenir o câncer intestinal, auxiliar na sensação de plenitude gastrointestinal (a sensação de fome passa mais rápido e a sensação de saciedade dura mais tempo), diminuir o açúcar do sangue (ajudando no tratamento e controle da diabetes) e reduzir os níveis do colesterol, entre outras funções.

Interação medicamentosa importante – BULA: Como a levodopa compete com certos aminoácidos, sua absorção pode ser prejudicada em alguns pacientes sob dieta rica em proteínas. A ingestão de alimentos reduz a velocidade e a extensão da absorção: a concentração plasmática de pico é 30% menor e demora mais para ser atingida, quando é administrado após uma refeição padrão. A extensão da absorção é reduzida em 15%. Devido a essa competição com vários aminoácidos carreadores em nível de absorção gastrointestinal e transporte do plasma para o cérebro ocorre piora das flutuações motoras e resposta clínica. Na DP, assim como em outras condições crônicas, a importância de um tratamento adequado é fundamental para a manutenção do bem-estar do paciente e para a prevenção de complicações resultantes da própria doença.

Referencias : Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas Portaria SAS/MS no 228, de 10 de maio de 2010. (Republicada em 27.08.10)

S.M.S. Eduardo; Z.R.Juliana; F.V.Fernanda. DOENÇA DE PARKINSON: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.Disc. Scientia. Série: Ciências da Saúde, Santa Maria, v. 8, n. 1, p. 115-129, 2007

R.A.Maria; C.Marilia. A Alimentação na Doença de Parkinson. DisciplinarumScientia.Serie:Cien.Biol. E da Saúde, Santa Maria, v. 3, n.1, p.13-22, 2002. P.M.M.Ligia; S.P. Arnoldo. Nutrition Protocol in General Care for Patients with Parkinson Disease.Revista Electrónica de las Ciencias Médicas en Cienfuegos ISSN:1727-897X Medisur 2011; 9(3) Giovanni Maciocia. A Prática da Medicina Chinesa. Tratamento de doenças com acupuntura e ervas chinesas.ISBN 85-7241-146-1 Roca, p.667-673. 1996


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